Durante uma semana, 500 delegados de 10 regiões do mundo discutiram
e analisaram como um todo as diversas questões que afectam os camponeses, as
zonas rurais e a alimentação dos povos.
Como alcançar melhores políticas públicas que apoiem a Soberania
Alimentar, garantam rendimentos dignos e o direito à terra, à água e outros
recursos? Como implementar a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos
Camponeses e outras Pessoas que Trabalham nas Zonas Rurais? Como responder aos
problemas climáticos? Como apoiar os trabalhadores agrícolas e migrantes? Como
lutar pela saída da Agricultura da Organização Mundial do Comércio e travar os
acordos de “livre” comércio? Como enfrentar os conflitos armados que sacrificam
as populações rurais e construir a paz?
Estas foram algumas das múltiplas questões sobre as quais os
delegados debateram colectivamente durante estes dias e das quais resultou a
“Declaração de Bogotá”, com as principais conclusões da 8ª Conferência da Via
Campesina e com as linhas estratégicas da LVC para os anos seguintes.
As conferências internacionais da LVC, realizadas a cada quatro
anos, são o órgão máximo da organização e constituem momentos únicos onde as
organizações-membro se reúnem para celebrar a sua unidade, para debater os
grandes temas que afectam os camponeses em todo o mundo e para definir
prioridades de acção.
A LVC é um movimento internacional em crescimento que representa
cerca de 200 milhões de pequenos e médios agricultores, camponeses sem terra,
povos indígenas, migrantes e trabalhadores agrícolas de todo o mundo.
A CNA foi representada na 8ª Conferência Internacional da Via
Campesina por Alfredo Campos e Vítor Rodrigues.