Foi publicado o relatório da Monitorização Agrometeorológica e Hidrológica previsto no Plano de Prevenção, Monitorização e Contingência para Situações de Seca, relativo a 31 de Agosto de 2023. Este é o octogésimo segundo produzido no contexto legislativo referido e o décimo primeiro do ano hidrológico em curso (2022/2023).

O mês de Agosto de 2023 foi classificado em Portugal continental, como extremamente quente, em relação à temperatura do ar, e seco, em relação à precipitação.

De seguida apresentam-se alguns parâmetros significativos para o sector agrícola e pecuário.

• Índice de Água no Solo (SMI)

No final de Agosto verificou-se um agravamento da situação de seca com um aumento da área com valores de SMI inferiores a 10 %, em especial na região Centro e Sul, em consequência da ausência de precipitação e temperatura do ar muito altos, o que potencia o aumento da evaporação e maior secura do solo. Algumas áreas apresentam teor de água no solo ao nível do ponto de emurchecimento permanente.

 Índice de Seca (PDSI) 

No final do mês verificou-se um aumento da intensidade da seca meteorológica em quase todo o território do continente, 38.7 % em seca moderada, 19.3 % em seca severa e 27.1 % em seca extrema, com destaque para:

- Região Centro e interior Norte - Aumento da área em seca moderada; 

- Região de Lisboa e vale do Tejo e alto Alentejo – Aumento da intensidade;

- Região Sul - Aumento da área em seca extrema.

• Armazenamento de água

Das 61 albufeiras monitorizadas, 18 têm disponibilidades hídricas inferiores a 40% do volume total, nomeadamente:

- Bacia do Mondego – Fronhas (35,7 %);

- Bacia do Tejo – Minutos (23,0%) e Divor (24,0%);

- Bacia do Sado – Campilhas (6,1%), Monte da Rocha (8,4%), Roxo (20,1%) Odivelas (30,7%), Fonte Serne (34,3%) e Vale do Gaio (36,3%);

- Bacia do Guadiana – Vigia (15,9%), Beliche (25,9%), Odeleite (32,9%) e Lucefécit (37,8%);

- Bacia do Mira – Santa Clara (31,8%) e Corte Brique (33,4%);

- Bacia do Arade – Arade (19,8%) e Odelouca (26,0%);

- Bacia do Barlavento – Bravura (8,4%).

Alguns impactos na agricultura e pecuária

Nos cereais de Outono-Inverno registam-se baixas da produção associadas a estragos provocados por algumas espécies cinegéticas (cervídeos e javalis), às condições climatéricas (ausência de precipitação) ao longo do ciclo vegetativo (prejudicaram a produtividade em termos de qualidade e quantidade) e devido à diminuição da área cultivada. 

Algumas áreas com prados, pastagens permanentes e forragens apresentam diminuições em especial no interior, centro e sul, ressentindo-se das elevadas temperaturas e da escassez de humidade no solo

As vindimas foram iniciadas antecipadamente, em alguns locais com um avanço de cerca de uma semana em relação ao ano passado, e, no geral, foi possível identificar sinais de ataques de míldio nos cachos. Estes danos somam-se às consequências do escaldão e, por vezes, às podridões, tornando a colheita consideravelmente mais trabalhosa. 

Na pecuária registaram-se dificuldades na garantia do abeberamento animal, em especial no Alentejo, devido à diminuição generalizada das disponibilidades hídricas nas explorações.

Para mais informação consulte o documento completo em anexo. 


04-10-2023

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